21 de set. de 2009

Fotografia


Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.

Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos de telefonia móvel têm definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do indivíduo.

Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o já amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento em uma imagem.

19 de set. de 2009

Rio Grande do Sul


Bandeira do Rio Grande do Sul

O Gaúcho tomando Chimarrão



Preparando o Chimarrão

conhecendo o Cavalo

Cuia e Chaleira na Divisa do Rio grande do Sul com Santa Catarina

mercadoo público em Porto Alegre

15 de set. de 2009

o Laçador - semana Farroupilha - Rio Grande do Sul


A Estátua do Laçador (ou Monumento ao Laçador) é um monumento da cidade de Porto Alegre. É a representação do gaúcho tradicionalmente pilchado (em trajes típicos) e teve como modelo o tradicionalista Paixão Côrtes. Foi tombada como patrimônio histórico em 2001, e em 2007 ela foi transferida de seu local antigo, a Praça do Bombeador, para o Sítio do Laçador, para permitir a construção do viaduto Leonel Brizola.



João Carlos Paixão Côrtes

O menino João Carlos Paixão Côrtes, ainda no interior, aos cinco anos




Gaucho

Hino do Rio Grande do Sul

Como a aurora precursora
Do farol da divindade,
Foi o vinte de setembro
O precursor da liberdade.

Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo

Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.

13 de set. de 2009

Semana Farroupilha - 20 de Setembro









Revolução Farroupilha
A Reação do Império
O Império não aceitou a rebeldia dos gaúchos, legitimando o governo deposto. Porto Alegre manteve-se menos de um ano nas mãos dos farroupilhas, sendo reconquistada pelo futuro Conde de Porto Alegre. Em retirada, as tropas rebeldes foram derrotadas na Batalha do Fanfa (04/10/1836) e Bento Gonçalves e seus oficiais foram levados presos para a Corte.

Apesar de derrotados na capital, os revoltosos obtiveram vitórias na Campanha, liderados pelo General Antônio de Souza Neto. Após a Batalha do Seival, em Bagé, inspirado pelos oficiais republicanos Lucas de Oliveira e Joaquim Pedro Soares, o General Neto proclamou a República Rio-Grandense em 11 de setembro de 1836.

Em 05 de novembro de 1836, a Câmara de Piratini instalou o governo republicano e elegeu o seu Presidente, Bento Gonçalves. Como o Presidente eleito estava preso no Forte do Mar, na Bahia, assumiu, interinamente, o Vice-Presidente, José Gomes Jardim.

Apesar da perda de Porto Alegre, as tropas republicanas avançavam no interior. No ano de 1838, ocorreram importantes vitórias, como a batalha do Barro Vermelho nas proximidades de Rio Pardo.




Lenço Farroupilha
lenço de seda, com 83x87 cm, de autor e procedência desconhecida. No centro de um quadrado, as armas da República Rio-grandense, com a inscrição "República Rio-grandense - 20 de setembro de 1835; abaixo, a fita: Liberdade, Igualdade e Humanidade, tendo em volta as datas das principais vitórias farroupilhas. Nos quatro ângulos, duas bandeiras entrelaçadas, e, na cercadura, os versos: "Nos ângulos do Continente, O Pavilhão Tricolor, Se divisa sustentado, Por liberdade e valor." Logo abaixo do escudo, três letras: S. G. C.

Os lenços Farroupilhas foram encomendados pelo Major Bento Pires da Silveira, chefe de polícia do Departamento de Piratini, por intermédio de Marcial Rodrigues, comerciante de Montevidéu, que os mandou vir dos EUA, a 10 de maio de 1842. Alguns vieram por Rio Grande, mas foram queimados na Alfândega. Os que chegaram por terra foram para o acampamento volante, em Piratini, em terras de Manuel de Moura, a 03 de dezembro de 1843.

Apresentavam dois padrões: um deles tinha no centro o Duplo Pavilhão da República, supondo-se ser da autoria de Bernardo Pires. O outro exemplar, mais raro, exibia no centro dois indígenas, cada qual sustentando a bandeira tricolor.

Do primeiro padrão se tem a referência de ter envolvido o crânio de Bento Gonçalves, quando da transladação de seus restos para Rio Grande. Os lenços existentes no Museu são do segundo padrão.










O Término da Revolta
Em 1842, o Governo Imperial nomeou Luís Alves de Lima e Silva, Barão de Caxias, para comandar suas forças no Rio Grande do Sul. Sob seu comando as tropas imperiais se reorganizaram, obrigando os farrapos a recuarem.

Caxias encontrou os farroupilhas enfraquecidos politicamente com as disputas na Constituinte, endividados e sofrendo o assédio dos argentinos. Além disso, Bento Gonçalves havia renunciado à Presidência, voltando à sua condição de comandante de tropas.

Dado a progressiva redução do território sob poder dos farroupilhas, Davi Canabarro, Comandante do Exército Republicano, aceitou a proposta de paz.

Após várias e difíceis tratativas, a pacificação foi assinada em Ponche Verde, em 28 de fevereiro de 1845, dando fim a mais longa rebelião contra o Império.

Sem vencedores, a Revolução Farroupilha foi a mais duradoura experiência republicana do Período Imperial, difundindo valores que até então não encontravam espaço num país monárquico, excessivamente centralizado e escravista

Duque de Caxias

Duque de Caxias


Aquarela de Debret intitulada “Escravo negro conduzindo tropas na Província do Rio Grande.
Sempre acompanhou o Gaúcho esteve presente e esta até hoje faz parte da nossa História

3 de set. de 2009

República Rio-Grandense



A República Rio-Grandense foi proclamada a 11 de setembro de 1836, pelo general Antônio de Sousa Neto, como conseqüência direta da vitória obtida por forças gaúchas na Batalha do Seival, durante a Revolução Farroupilha. Os principais líderes rio-grandenses eram estancieiros, que haviam aprendido a arte da guerra nas guerras platinas, mais precisamente na Guerra da Cisplatina, como Bento Gonçalves. A Constituição da República Rio-grandense foi aprovada em 1843, em Alegrete.

principalmente para a produção de charque e couro. A província voltava a sua produção para o mercado interno, do qual dependia inteiramente. Mas com o câmbio sobrevalorizado e os benefícios tarifários então oferecidos, o charque importado tinha um custo inferior ao nacional. Assim sendo, os estancieiros da região iniciaram uma rebelião contra o Império, e, no dia 10 de setembro de 1836, ocorreu a Batalha do Seival. Com a fulminante vitória dos revoltosos, liderados por Antônio de Sousa Neto, a idéia separatista tomou forma. No dia seguinte, em 11 de setembro, o general Souza Neto proclamou a República Rio-Grandense.

Outro líder separatista, Bento Gonçalves, então preso por forças imperiais na província da Bahia, foi aclamado presidente em 6 de novembro de 1836, junto com 4 vice-presidentes: 1º - Antônio Paulino da Fontoura, 2º - José Mariano de Matos, 3º - Domingos José de Almeida, 4º - Inácio José de Oliveira Guimarães. Entretanto como Bento Gonçalves estava preso foi necessário eleger um novo presidente, o escolhido foi José Gomes de Vasconcelos Jardim, que imediatamente nomeou o ministério da república:

Domingos José de Almeida - ministro do interior e fazenda
José Pinheiro de Ulhoa Cintra - ministro da justiça e estrangeiros
José Mariano de Matos - ministro da guerra e marinha
Ao longo da guerra foram nomeados os generais da república

João Manuel de Lima e Silva
Bento Gonçalves da Silva
Antônio de Sousa Neto
Bento Manuel Ribeiro
Davi Canabarro
João Antônio da Silveira



O documento final : Tratado, Convenção ou Paz de Poncho Verde
Em Poncho Verde, no final de fevereiro de 1845, foram examinados pelos republicanos os termos do documento, já assinado pelo barão de Caxias, intitulado Convenção de paz entre o Brasil e os republicanos. O General David Canabarro, comandante-em-chefe do exército republicano, investido de poderes para representar a presidência da República, aceitou as condições. Farrapos e imperiais se reuniram no Acampamento Imperial de Carolina, em Ponche Verde, região do atual município de Dom Pedrito, para decretar a pacificação da província. Eram 12 as cláusulas da pacificação. Foram lidas em Ponche Verde no dia 25 de fevereiro, por Antônio Vicente da Fontoura:

Art. 1° - Fica nomeado Presidente da Província o indivíduo que for indicado pelos republicanos.
Art. 2° - Pleno e inteiro esquecimento de todos os atos praticados pelos republicanos durante a luta, sem ser, em nenhum caso, permitida a instauração de processos contra eles, nem mesmo para reivindicação de interesses privados.
Art. 3° - Dar-se-á pronta liberdade a todos os prisioneiros e serão estes, às custas do Governo Imperial, transportados ao seio de suas famílias, inclusive os que estejam como praça no Exército ou na Armada.
Art. 4° - Fica garantida a Dívida Pública, segundo o quadro que dela se apresente, em um prazo preventório.
Art. 5° - Serão revalidados os atos civis das autoridades republicanas, sempre que nestes se observem as leis vigentes.
Art. 6° - Serão revalidados os atos do Vigário Apostólico.
Art. 7° - Está garantida pelo Governo Imperial a liberdade dos escravos que tenham servido nas fileiras republicanas, ou nelas existam.
Art. 8° - Os oficiais republicanos não serão constrangidos a serviço militar algum; e quando, espontaneamente, queiram servir, serão admitidos em seus postos.
Art. 9° - Os soldados republicanos ficam dispensados do recrutamento.
Art. 10° - Só os Generais deixam de ser admitidos em seus postos, porém, em tudo mais, gozarão da imunidade concedida aos oficiais.
Art. 11° - O direito de propriedade é garantido em toda plenitude.
Art. 12° - Ficam perdoados os desertores do Exército Imperial.
(ass.) O Barão de Caxias. ( citaação da Revista Militar Brasileira, abril-junho, 1978, vol. CXIII, ano LXIV, pp. 116-117. Apud Henrique Wiederspahn, ob. cit., pp. 11-12). Assinada a paz em Ponche Verde, David Canabarro redigiu uma proclamação em que anunciava o fim da Guerra dos Farrapos. O texto tem a data de 28 de fevereiro de 1845:

"Concidadãos! Competentemente autorizado pelo magistrado civil a quem obedecíamos e na qualidade de comandante-em-chefe, concordando com a unânime vontade de todos os oficiais da força de meu comando, vos declaro que a guerra civil que há mais de nove anos devasta esse belo país está acabada.
Concidadãos! Ao desprender-me do grau que me havia confiado o poder que dirigia a revolução, cumpre-me assegurar-vos que podeis volver tranqüilos ao seio de vossas famílias. Vossa segurança individual e vossa propriedade estão garantidas pela palavra sagrada do monarca e o apreço de vossas virtudes confiado ao seu magnânimo coração. União, fraternidade, respeito às leis e eterna gratidão ao ínclito presidente da Província, o ilustríssimo e excelentíssimo barão de Caxias, pelos afanosos esforços na pacificação da Província".

2 de set. de 2009

20 de setembro de 1835 – 28 de fevereiro de 1845

Revolução Farroupilha - Rio Grande do Sul





Borges de Medeiros - Porto Alegre-RS


Bento Gonçalves

Pintura, óleo sobre tela, de Bento Gonçalves, de autoria e data desconhecida. No quadro, ele aparece em uniforme militar de gala. A obra pertenceu, sucessivamente, a Bento Gonçalves, a seu filho Joaquim Gonçalves da Silva, a sua neta Celina Gonçalves Barbosa, e ao seu bisneto Dario Centeno Crespo, que a doou ao Museu Julio de Castilhos, em 1952. O retrato é apontado como o único existente de Bento Gonçalves.

Bento Gonçalves teria posado para este retrato, na residência de sua propriedade, Estância do Cristal, onde vivia na época. A figura é retratada em redução, pois sua estatura, segundo seu filho Joaquim, era de 1,77 cm.


ANITA GARIBALDI
Ana Maria de Jesus Ribeiro nasceu em Laguna, no estado de Santa Catarina, em 1821. Foi casada com Manuel Duarte de Aguiar. Quando os farrapos conquistaram Laguna, em 1839, abandonou o marido, passando a viver com Garibaldi. Lutou ao seu lado, seguindo-o para Montevidéu, onde se casaram. Garibaldi e Anita tiveram três filhos. Quando Garibaldi retornou a Itália, Anita o acompanhou. Anita Garibaldi morreu de pneumonia em Santo Alberto (Itália), no ano de 1849.


Giuseppe Garibaldi
Revolucionário italiano, nascido em Nice, em 1807, e falecido em 1882, na ilha de Caprera, na Itália. Participou do movimento "Jovem Itália", de Mazzini. Em 1834, refugiou-se no Brasil. Durante a Revolução Farroupilha, auxiliou Davi Canabarro a conquistar Laguna, com seus famosos lanchões. Ali conheceu Anita, com a qual se casou e teve filhos. Mais tarde, foi com a família para o Uruguai. Nesse país, lutou contra Rosas, regressando à Itália em 1848, onde se tornou herói da guerra da Unificação Italiana.

Também lutou ao lado da França, na Guerra Franco-Prussiana de 1870, derrotando os alemães em diversas batalhas. Posteriormente, foi eleito para o Parlamento Francês.



GUERRA DOS FARRAPOS





GASPAR SILVEIRA MARTINS

GENERAL NETO

DON DIOGO DE SOUZA