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15 de ago. de 2024

MPOX

 MPOX

Mpox: entenda o que é a doença e as formas de prevenção

O contágio da doença não tem nenhuma relação com a vacinação contra a covid-19
Publicado em 05/03/2024 15h57 Atualizado em 12/07/2024 15h04
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- Foto: Mpox / Getty Images

Conhece alguém que já apresentou os seguintes sinais: cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, ínguas, bolhas ou feridas na pele? Pode ser a manifestação da mpox, doença viral transmitida de pessoa para pessoa. Vale o alerta: qualquer pessoa pode apresentar os sintomas.

Em caso de suspeita da doença, é muito importante procurar imediatamente uma unidade de saúde e evitar o contato com outras pessoas. Confira abaixo a situação epidemiológica do Brasil, as formas de prevenção e como é feito o tratamento para a doença. 

Mpox e Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, até 30 de janeiro de 2024, foram registradas 57.333 notificações para mpox. Destas, 11.212 (19,6%) casos foram confirmados e 425 (0,7%) são classificados como prováveis.

De 1º de junho de 2022 a 30 de janeiro de 2024, o estado de São Paulo aparece como o estado com o maior número de casos confirmados: 4.356 (37,4%), seguido do Rio de Janeiro, com 1.610 (13,8%).

Até o primeiro mês deste ano, foram relatados 16 óbitos por mpox no Brasil, sendo 5 no Rio de Janeiro, 4 em Minas Gerais, 3 em São Paulo, 1 em Mato Grosso, 1 no Maranhão, 1 em Santa Catarina e 1 no Pará. A média de idade das pessoas infectadas pelo vírus é de 31 anos, atingindo predominantemente o sexo masculino.

Embora o cenário regional mostre a necessidade de manter a vigilância de novos casos de mpox no país, o panorama atual não caracteriza surto. O objetivo é interromper a transmissão da doença entre as pessoas, com foco prioritário em grupos de alto risco de exposição ao vírus, com medidas efetivas de saúde pública. 

Transmissão

A transmissão da mpox ocorre por contato (beijos, abraços, relação sexual) com secreções infectadas das vias respiratórias, feridas ou bolhas na pele da pessoa infectada; e também com o compartilhamento de objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão.

Está com algum sinal de mpox? Procure uma unidade de saúde para confirmação da doença por meio de exame laboratorial e para o tratamento adequado.

IMPORTANTE! Para casos suspeitos, evite o contato próximo com outras pessoas até o desaparecimento dos sintomas. A recomendação é fazer isolamento imediato e não compartilhar objetos e material de uso pessoal, como toalhas e roupas de cama, por exemplo. 

Tratamento


Não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da mpox. A atenção médica é usada para aliviar dores e demais sintomas e prevenir sequelas em longo prazo.

Fique atento à piora dos sintomas ou aumento da quantidade de bolhas e feridas no corpo, além de problemas nos olhos, como inchaço e conjuntivite. 

Combate à desinformação

É falsa a narrativa que associa a mpox como efeito colateral de vacinas contra a covid-19. A infecção por mpox é causada por um vírus e não um efeito colateral de imunizantes. Repasse para os amigos e para a família que não existe a possibilidade de contrair a mpox, infecção viral, por meio da vacinação. Vacinas são seguras e criadas para combater e prevenir doenças. 

Mudança de nome

A doença mpox ficou popularmente conhecida como varíola do macaco. Em maio de 2022, a Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr) publicou um informativo sobre o surto da doença em humanos ocorrido naquele ano, com o seguinte trecho: “O atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas”.

Segundo a SBPr, apesar do vírus receber a nomenclatura de varíola dos macacos, a doença não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas

No mesmo ano, a OMS designou o uso do termo Mpox, no lugar de varíola dos macacos (monkeypox). A necessidade de mudança do nome ficou ainda mais evidente quando, em algumas regiões do Brasil, a população, preocupada com o contágio, associou a doença ao animal, entendendo que o primata era o transmissor do vírus. Foram registrados ataques aos animais, como agressões, afugentamento e até mortes.

A OMS, conforme o processo de atualização da Classificação Internacional de Doenças (CID), realizou consultas para reunir opiniões de diversos especialistas, além de países e do público em geral, que foram convidados a enviar sugestões de novos nomes. Com base nessas consultas e em outras discussões técnicas, ficou definido o uso da nomenclatura mpox. 

Fonte:

https://www.paho.org/pt/mpox

https://www.paho.org/pt/noticias/4-5-2023-opas-e-grindr-unem-esforcos-para-fornecer-informacoes-sobre-mpox-comunidades

https://www.sbprimatologia.org.br/wp-content/uploads/2022/06/SBPr-INFORMATIVO_vari%CC%81ola.pdf

https://worldhealthorg.shinyapps.io/mpx_global/

https://www.gov.br/saude/pt-br/campanhas-da-saude/2022/variola-dos-macacos/publicacoes/informativos/informe-tecnico-operacional-de-vacinacao-
contra-a-mpox/view

21 de jun. de 2024

Novos detalhes sobre cânceres relacionados à imunoterapia CAR-T

 

Quando o tratamento dá errado

Desde os primeiros testes clínicos, descobriu-se que um tratamento de ponta contra o câncer estava causando mais câncer nos pacientes.

Trata-se de uma imunoterapia, conhecida como CAR-T, é descrita pelos seus defensores como um tratamento promissor para cânceres do sangue. A terapia é feita a partir das células do próprio paciente, por meio das quais as células T do sistema imunológico são coletadas e reprojetadas em laboratório para produzir proteínas em sua superfície, chamadas receptores de antígenos quiméricos, ou CARs.

Os CARs podem reconhecer e depois ligar-se a proteínas específicas na superfície das células cancerígenas. A terapia está sendo usada para tratar cânceres do sangue, como o mieloma múltiplo, mas logo começaram a surgir suspeitas de que a terapia causa outros cânceres.



Houve muitas críticas na própria comunidade científica quando a controversa imunoterapia recebeu o Nobel de Medicina em 2018.
[Imagem: Academia Nobel/Divulgação]



Checagem com artigo científico:

Artigo: Indolent CD4+ CAR T-Cell Lymphoma after Ciltacel CAR T-Cell Therapy
Autores: Mark P. Hamilton, Takeshi Sugio, Troy Noordenbos, Shuyu Shi, Philip L. Bulterys, Chih Long Liu, Xiaoman Kang, David B. Miklos
Publicação: New England Journal of Medicine
Vol.: 390 NO. 22
DOI: 10.1056/NEJMoa2401361

créditos :Redação do Diário da Saúde

12 de abr. de 2024

Espinhos de silício invisíveis a olho nu eliminam 96% dos vírus

 Redação do Diário da Saúde




Os vírus são dilacerados pelo mero contato com os nanoespinhos (direita).
[Imagem: Samson W. L. Mah et al. - 10.1021/acsnano.3c07099]




Vírus no espeto

Uma nova superfície capaz de matar vírus pelo simples contato promete ajudar a controlar a propagação de doenças em hospitais, laboratórios e outros ambientes de alto risco - e fazer isso a um custo mais baixo e sem o uso de químicos agressivos.

A superfície é feita de silício, com o material sendo tratado para criar uma floresta de minúsculos espinhos, que espetam os vírus ao entrar em contato com eles, destruindo-os ou tornando-os inócuos.

Checagem com artigo científico:https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=espinhos-silicio-invisiveis-olho-nu-eliminam-96-virus&id=16460&nl=nlds

Artigo: Piercing of the Human Parainfluenza Virus by Nanostructured Surfaces
Autores: Samson W. L. Mah, Denver P. Linklater, Vassil Tzanov, Phuc H. Le, Chaitali Dekiwadia, Edwin Mayes, Ranya Simons, Daniel J. Eyckens, Graeme Moad, Soichiro Saita, Saulius Joudkazis, David A. Jans, Vladimir A. Baulin, Natalie A. Borg, Elena P. Ivanova
Publicação: ACS Nano
DOI: 10.1021/acsnano.3c07099

25 de ago. de 2023

desprezado pela ciência, pode estar salvando sua vida

 

O timo,


 desprezado pela ciência, pode estar salvando sua vida



Redação do Diário da Saúde


Por décadas os cientistas consideraram o timo um órgão dispensável.
[Imagem: The Harvard Gazette]

Importância do timo

A medicina moderna há muito considera o timo um órgão dispensável em adultos. Tão desprezado ele é que poucas pessoas sabem dizer onde está o timo ou o que ele faz.

Mas uma nova pesquisa liderada por médicos e pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA) mostrou que o pequeno órgão situado no peito, do tamanho de uma noz, desempenha na verdade um papel vital na saúde imunitária à medida que envelhecemos, particularmente na prevenção do câncer.

Quando a equipe comparou dados de pacientes que tiveram o timo removido (timectomia) com dados de pacientes que mantinham seu timo, eles descobriram que os pacientes com timectomia tinham um risco quase três vezes maior de morte por uma variedade de causas, incluindo um risco duas vezes maior de câncer e um aumento no risco de doenças autoimunes.

"A magnitude do risco era algo que nunca esperávamos," disse o Dr. David Scadden. "A principal razão pela qual o timo tem impacto na saúde geral parece ser uma forma de proteção contra o desenvolvimento do câncer."

O que é o timo

O timo é o órgão do corpo humano que envelhece mais rapidamente. Mais ativo na produção de células T durante a primeira infância, ele começa a atrofiar em tecido adiposo por volta da puberdade.

É por isso que, durante muitas décadas, os cientistas presumiram que ela servia a um propósito limitado na idade adulta. O timo geralmente é removido devido a problemas no próprio órgão, como câncer de timo, ou durante outras cirurgias cardiotorácicas, porque está localizado na frente do coração e geralmente atrapalha o cirurgião.

No entanto, nos últimos anos, os cientistas começaram a suspeitar que o timo desempenha um papel importante na nossa saúde à medida que envelhecemos, ao continuar a produzir células T que contribuem para a diversidade da população global de células T do corpo. Por exemplo, hoje o transplante de timo trata crianças com imunodeficiência.

É isto que este novo estudo reforça. "Este estudo demonstra o quão vital é o timo para a manutenção da saúde do adulto," concluiu Scadden.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Health Consequences of Thymus Removal in Adults
Autores: Kameron A. Kooshesh, Brody H. Foy, D.Phil., David B. Sykes, Karin Gustafsson, David T. Scadden
Publicação: New England Journal of Medicine
DOI: 10.1056/NEJMoa2302892



12 de ago. de 2021

Que truque você acha que todo mundo deveria saber?

e um dia você se sentir doente ou com tontura, poderá enganar o seu cérebro para se sentir melhor instantaneamente Nosso cérebro pode aumentar a força com que o sistema imunológico ataca. Mas como? Muito fácil: Pesquise e assista por alguns minutos um vídeo do interior de um estômago humano que cause repulsa ou outra pessoa doente internada em um hospital. Somos criaturas visuais e, quando olhamos para outra pessoa doente, nosso cérebro interpreta que ele deve ser protegido. É por isso que quando alguém está muito bêbado e acaba no banheiro, ele começa a sentir alívio do nojo inconsciente do banheiro e de tudo relacionado a esse lugar. Fingir uma tosse Fingir que você tosse também aumenta automaticamente nosso sistema imunológico. Se você se machucou e deseja reduzir a dor. Procure uma lupa, se você não tiver um aplicativo no celular, e coloque a ferida através da lente, de modo que, enquanto a veja, pareça muito pequena, com isso o cérebro achará que não há danos significativos e diminuirá a dor. Da próxima vez que estiver doente, experimente alguns desses truques e conheça o poder que nossa mente tem! https://pt.quora.com/Que-truque-voc%C3%AA-acha-que-todo-mundo-deveria-saber-1
https://pt.quora.com/

30 de jan. de 2020

23 de jan. de 2020

Células do próprio paciente são usadas em tratamento inovador contra o câncer

Células do próprio paciente são usadas em tratamento inovador contra o câncer: Paciente com linfoma avançado e refratário à quimioterapia foi atendido em Ribeirão Preto por pesquisadores do Centro de Terapia Celular, um CEPID apoiado pela FAPESP; técnica conhecida como terapia de células CAR-T foi usada pela primeira vez na América Latina
Karina Toledo  |  Agência FAPESP – Um tratamento inovador contra o câncer, feito com células reprogramadas do próprio paciente, foi testado pela primeira vez na América Latina por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.

Conhecida como terapia de células CAR-T, a técnica foi usada para tratar um caso avançado de linfoma difuso de grandes células B – o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin, doença que afeta as células do sistema linfático. O paciente, de 63 anos, já havia sido submetido sem sucesso a várias linhas diferentes de quimioterapia desde 2017.

“A expectativa de sobrevida desse paciente era menor que um ano. Para casos como esse, no Brasil, normalmente restam apenas os cuidados paliativos. Contudo, menos de um mês após a infusão das células CAR-T observamos melhora clínica evidente e até conseguimos eliminar os remédios para dor”, contou Renato Cunha, pesquisador associado ao CTC e coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP).

A terapia de células CAR-T (acrônimo em inglês para receptor de antígeno quimérico) foi inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, onde é oferecida por dois laboratórios farmacêuticos a um custo de US$ 400 mil – sem considerar os gastos com internação. Já a metodologia desenvolvida no CTC tem custo aproximado de R$ 150 mil, que pode se tornar ainda mais baixo se o tratamento passar a ser oferecido em larga escala.

“Trata-se de uma tecnologia muito recente e de uma conquista que coloca o Brasil em igualdade com países desenvolvidos. É um trabalho de grande importância social e econômica para o país”, afirmou Dimas Tadeu Covas, coordenador do CTC e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular, apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O primeiro paciente foi atendido pela equipe do CTC e do Hemocentro do HC-FMRP-USP na modalidade de tratamento compassivo, que permite o uso de terapias ainda não aprovadas no país em casos graves sem outra opção disponível. O grupo pretende agora iniciar um protocolo de pesquisa com um número maior de voluntários. “Já temos outros dois pacientes com linfomas de alto grau em vias de receber a infusão de células reprogramadas”, contou Cunha.





Como funciona

A partir de amostras de sangue dos pacientes a serem tratados, os pesquisadores isolam um tipo de leucócito conhecido como linfócito T, um dos principais responsáveis pela defesa do organismo graças à sua capacidade de reconhecer antígenos existentes na superfície celular de patógenos ou de tumores e desencadear a produção de anticorpos.

Com auxílio de um vetor viral (um vírus cujo material genético é alterado em laboratório), um novo gene é introduzido no núcleo do linfócito T, que então passa a expressar em sua superfície um receptor (uma proteína) capaz de reconhecer o antígeno específico do tumor a ser combatido.

“Ele é chamado de receptor quimérico porque é misto. Parte de um receptor que já existe no linfócito é conectada a um receptor novo, que é parte de um anticorpo capaz de reconhecer o antígeno CD19 [antiCD-19]. Com essa modificação, os linfócitos T são redirecionados para reconhecer e atacar as células tumorais”, explicou Cunha.

Os leucócitos reprogramados são “expandidos” em laboratório (colocados em meio de cultura para que se proliferem) e depois infundidos no paciente. Antes do tratamento, uma leve quimioterapia é administrada para preparar o organismo.

“Cerca de 24 horas após a infusão das células CAR-T tem início uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo e induzindo a liberação de substâncias pró-inflamatórias para eliminar o tumor. Além de febre, pode haver queda acentuada da pressão arterial [choque inflamatório] e necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva [UTI]. O médico deve ter experiência com a técnica e monitorar o paciente continuamente”, disse.

O aposentado submetido ao protocolo no HC da FMRP-USP no dia 9 de setembro já superou a fase crítica do tratamento, conseguiu se livrar da morfina – antes usada em dose máxima – e não apresenta mais linfonodos aumentados no pescoço.

“Além desses sinais clínicos de melhora, conseguimos detectar as células CAR-T em seu sangue e essa é a maior prova de que a metodologia funcionou”, disse Cunha.

De acordo com o pesquisador, somente após três meses será possível avaliar com mais clareza se a resposta à terapia foi total ou parcial – algo que depende do perfil biológico do tumor. Os linfócitos reprogramados podem permanecer no organismo pelo resto da vida, mas também podem desaparecer após alguns anos.



Versão brasileira

O projeto que possibilitou a produção das células CAR-T teve início há cerca de quatro anos, quando foi renovado o apoio da FAPESP ao CTC. Nesse período, foram conduzidos estudos fundamentais sobre as construções virais mais usadas para a modificação gênica, bem como estabelecidos modelos animais para os estudos pré-clínicos. Cerca de 20 pesquisadores, incluindo médicos e biólogos celulares e moleculares, além de engenheiros especializados em cultivo celular em larga escala, participam do projeto.

Mais recentemente, Cunha se incorporou ao time com a experiência clínica e laboratorial adquirida durante estágio realizado no National Cancer Institute, centro ligado aos National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos e pioneiro na técnica. Em dezembro de 2018, o pesquisador recebeu da Associação Americana de Hematologia (ASH, na sigla em inglês) o ASH Research Award e uma bolsa de US$ 150 mil para contribuir com o desenvolvimento da técnica na FMRP-USP. O projeto, no seu conjunto, teve apoio financeiro, além da FAPESP e do CNPq, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde.

“A metodologia que desenvolvemos é específica para o tratamento de linfoma, mas a mesma lógica pode ser usada para qualquer tipo de câncer. Estamos trabalhando em protocolos para o tratamento de leucemia mieloide aguda e para mieloma múltiplo. Também estamos acertando uma parceria com uma universidade japonesa com foco em tumores sólidos, como o de pâncreas”, contou Rodrigo Calado, professor da FMRP-USP e membro do CTC.

O objetivo do grupo, segundo Calado, é desenvolver tratamentos de custo acessível a países de renda média e baixa e possíveis de serem incluídos no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O custo da terapia de células CAR-T é muito próximo do valor que o SUS repassa para um transplante de medula óssea – hoje em torno de R$ 110 mil. Então o tratamento pode ser considerado acessível”, disse Calado.

Covas lembrou que o CTC tem tradição em terapias pioneiras, entre elas a aplicação de células mesenquimais para tratamento de diabetes e o transplante de medula óssea em portadores de anemia falciforme.

“Só conseguimos desenvolver o protocolo CAR-T de modo relativamente rápido porque temos uma estrutura há muito tempo em construção. Esse investimento da FAPESP em ciência básica, em formação de pessoas e em infraestrutura de pesquisa agora se traduz em novos tratamentos mais eficazes contra o câncer”, disse o coordenador do CTC.


Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

26 de dez. de 2019

Márcia Foletto - 01/01/2018 / Agência O Globo 


O aparecimento de águas-vivas na costa do Rio assustou banhistas no primeiro dia do ano. Para tirar dúvidas sobre o tratamento em caso de ferimentos pelo animal, o GLOBO ouviu dois especialistas no assunto: Vidal Haddad, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); e Sérgio Stampra, professor do Laboratório de Evolução e Diversidade Aquática (LEDA), da Unesp. 

Fonte: O Globo