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12 de abr. de 2024

Chip Brasileiro detecta vitaminas C e D na saliva em minutos





A inovação brasileira mereceu a capa da revista que publicou a pesquisa.
[Imagem: ACS Applied Nano Materials]



A mesma arquitetura poderá ser usada para detectar outras vitaminas e outros biomarcadores - como os de câncer, por exemplo.
[Imagem: Thiago S. Martins et al. - 10.1021/acsanm.3c05701]


A mesma arquitetura poderá ser usada para detectar outras vitaminas e outros biomarcadores - como os de câncer, por exemplo.

[Imagem: Thiago S. Martins et al. - 10.1021/acsanm.3c05701]
Chip bioeletrônico

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um chip bioeletrônico capaz de detectar ao mesmo tempo as vitaminas C e D em fluidos corporais.

Flexível, de fácil utilização e descartável, o chip pode ser adaptado para se tornar um dispositivo vestível, contribuindo para uma nutrição personalizada.

As vitaminas C e D são consideradas micronutrientes de suporte imunológico, participando de vias metabólicas envolvidas na luta contra vírus e bactérias. Monitorar seus níveis no organismo é importante porque garante que elas estejam presentes em valores considerados saudáveis - nem demais, nem de menos.

No entanto, os métodos atualmente disponíveis para isso exigem equipamentos de laboratório caros, operados por profissionais especializados e demandam coleta de sangue, além de gerar resíduos que podem ser nocivos. Outra dificuldade é detectar e analisar essas duas vitaminas ao mesmo tempo, usando o mesmo volume de amostra.

"Isso torna o chip potencialmente mais prático e eficiente, o que possibilita a utilização direta no local de atendimento. Além disso, devido à sua flexibilidade, ele pode ser adaptado para sensores vestíveis, integrados em um mordedor bucal ou até mesmo aplicados diretamente sobre a pele," disse o pesquisador Thiago Martins, responsável pela criação do chip.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Label- and Redox Probe-Free Bioelectronic Chip for Monitoring Vitamins C and the 25-Hydroxyvitamin D3 Metabolite
Autores: Thiago Serafim Martins, José L. Bott-Neto, Osvaldo N. Oliveira Jr.
Publicação: Applied Nano Materials
Vol.: 7, 5, 4938-4945
DOI: 10.1021/acsanm.3c05701



16 de jan. de 2024

LI-FI luz transmitindo sinal de internet

 https://codlux.blogspot.com/2017/09/codlux-no-pinterest-as-melhores-imagens.html



Li-Fi: Lâmpada especial transmite dados 100 vezes mais rápido que Wi-Fi

Li-Fi: Lâmpada especial transmite dados 100 vezes mais rápido que Wi-Fi

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/01/2024


Comunicação por luz visível

A tecnologia Li-Fi, um sistema de comunicação sem fios que aproveita a luz visível para transmissão de dados, tem potencial para ultrapassar a velocidade do Wi-Fi em mais de 100 vezes. Mais importante ainda, o Li-Fi aproveita a infraestrutura de iluminação interior já existente, eliminando a necessidade de instalações separadas.https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=li-fi-lampada-especial-transmite-dados-100-vezes-mais-rapido-wi-fi&id=010150240116&ebol=sim





 Bibliografia:


Artigo: Visible-Light Communication with Lighting: RGB Wavelength Division Multiplexing OLEDs/OPDs Platform
Autores: Dowan Kim, Hyung-Jun Park, Seo-Hee Jung, Won Jun Pyo, Syed Zahid Hassan, Hye Ryun Sim, Jeong-Hwan Lee, Dong-Woo Jee, Dae Sung Chung
Revista: Advanced Materials
Vol.: 2309416
DOI: 10.1002/adma.202309416

16 de set. de 2023

Sinais de WiFi permitem fazer fotos

Sinais de WiFi permitem fazer fotos de objetos atrás das paredes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/09/2023

Sinais de Wifi permitem fazer fotos de objetos atrás das paredes
As letras colocadas atrás da parede (linha superior) e os resultados da leitura usando os sinais de Wifi (linha inferior).
[Imagem: Pallaprolu et al. - 10.1109/RadarConf2351548.2023.10149785]


Tirando fotos usando WiFi

Embora já tenham sido largamente explorados para detectar a movimentação de pessoas, os sinais de WiFi que permeiam todos os nossos ambientes também podem ser usados para fotografar objetos parados, e fazer isto com uma precisão e uma resolução muito boas.

"O imageamento de paisagens estáticas com WiFi é consideravelmente desafiador devido à falta de movimento," explica a professora Yasamin Mostofi, da Universidade da Califórnia de Santa Barbara. "Adotamos então uma abordagem completamente diferente para resolver este problema desafiador, concentrando-nos em traçar as bordas dos objetos."

A solução envolve a chamada Teoria Geométrica da Difração e seus correspondentes cones de Keller, que permitem traçar os contornos dos objetos - essa teoria da difração, formulada por Joseph Bishop Keller [1923-2016] em 1958, mostra como os raios que incidem sobre uma aresta difratam-se pelo espaço formando uma região cônica.

"Quando uma determinada onda incide em um ponto na borda [de um objeto], emerge um cone de raios emitidos de acordo com a Teoria Geométrica da Difração de Keller, conhecido como cone de Keller," detalhou Mostofi.

O que a equipe descobriu é que esta interação não se limita a arestas visivelmente afiadas, mas se aplica a um conjunto mais amplo de superfícies com curvaturas bem pequenas.


A descoberta da equipe permitiu que a técnica fosse usada, pela primeira vez, para visualizar e ler o alfabeto inglês através de paredes, usando apenas os sinais de WiFi, uma tarefa até agora considerada muito difícil devido aos detalhes complexos das letras.

Mais especificamente, a equipe propôs um núcleo de projeção de imagem baseado em um cone Keller. Esse núcleo é implicitamente uma função das orientações das arestas, uma relação que é então usada para inferir a existência das arestas - e sua orientação, se elas existirem - através de testes de hipóteses sobre um pequeno conjunto de possíveis orientações das arestas.

Em outras palavras, se o cálculo determinar a existência de uma aresta, a orientação da aresta que melhor corresponde ao cone de Keller é escolhida para um determinado ponto, que então será usado para compor a imagem.

"As bordas dos objetos da vida real têm dependências locais," detalhou Anurag Pallaprolu, membro da equipe. "Assim, uma vez que encontramos os pontos da borda de alta confiança por meio do núcleo de imagem que propomos, propagamos suas informações para o restante dos pontos usando a propagação de informações bayesiana. Esta etapa pode ajudar ainda mais a melhorar a imagem, uma vez que algumas das bordas podem ser em uma região cega, ou podem ser dominadas por outras bordas que estão mais próximas dos transmissores."

Sinais de WiFi permitem fazer fotos de objetos atrás das paredes
Imagens geradas de outras letras.
[Imagem: Pallaprolu et al. - 10.1109/RadarConf2351548.2023.10149785]

WiFi lê através das paredes

Nos experimentos de demonstração, a equipe usou três transmissores WiFi comuns. Os receptores WiFi, por sua vez, foram montados em um veículo de controle remoto que emula uma grade de receptores WiFi à medida que se move. O receptor mede a potência do sinal recebido, que é então utilizado para geração das imagens.

A tecnologia foi extensivamente testada com vários experimentos em três áreas diferentes, incluindo cenários em que as imagens eram geradas através das paredes.

A demonstração é bastante válida porque usou um cenário desafiador, com a geração de imagens do alfabeto, já que as letras apresentam detalhes muito complexos e variados. Finalmente, eles mostraram como sua abordagem permite usar o WiFi para visualizar objetos atrás de paredes, gerando imagens com detalhamento suficiente para que as letras posicionadas detrás dessas paredes fossem lidas. Além disso, eles também capturaram imagens de vários outros objetos, mostrando que podem capturar detalhes que antes não eram possíveis com WiFi.

Bibliografia:

Artigo: Analysis of Keller Cones for RF Imaging
Autores: Anurag Pallaprolu, Belal Korany, Yasamin Mostofi
Revista: Proceedings of th 2023 IEEE Radar Conference (RadarConf23)
Vol.: 23319896
DOI: 10.1109/RadarConf2351548.2023.10149785

1 de set. de 2023

 

NASA testará comunicações a laser com a Estação Espacial Internacional

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/08/2023

NASA testará comunicações a laser com a Estação Espacial Internacional
Ilustração do ILLUMA-T usando o LCRD para estabelecer comunicação via laser entre a Estação Espacial e as estações em terra.
[Imagem: NASA/Dave Ryan]

Comunicação a laser

A NASA se prepara para testar em larga escala a comunicação espacial a laser.

Ainda neste ano, será enviado para a Estação Espacial Internacional um módulo de comunicação a laser chamado ILLUMA-T, sigla em inglês para "modem LCRD de usuário de órbita terrestre baixa integrado e terminal amplificador".

Essa unidade comporá o sistema com o LCRD (relé de demonstração de comunicações a laser) já enviado à ISS em 2021, criando um sistema de comunicação a laser completo.

Usando luz infravermelha invisível, os sistemas de comunicação a laser enviam e recebem informações em taxas de dados mais altas do que as antenas operando na faixa de rádio. Com taxas de dados mais elevadas, as missões poderão enviar mais imagens e vídeos para a Terra numa única transmissão.

Uma vez instalado na estação espacial, o ILLUMA-T mostrará os benefícios que taxas de dados mais altas podem trazer para missões em órbita baixa da Terra, tirando proveito de uma tecnologia que já foi testada inclusive na Lua, por meio do demonstrador de comunicação a laser lunar.

"As comunicações a laser oferecem às missões mais flexibilidade e uma maneira rápida de recuperar dados do espaço," disse Badri Younes, da NASA. "Estamos integrando esta tecnologia em demonstrações perto da Terra, na Lua e no espaço profundo."

"Assim que o ILLUMA-T estiver na estação espacial, o terminal enviará dados de alta resolução, incluindo fotos e vídeos, para o LCRD a uma taxa de 1,2 gigabits por segundo," disse Matt Magsamen, gerente do projeto. "Depois, os dados serão enviados do LCRD para estações terrestres no Havaí e na Califórnia. Esta demonstração mostrará como as comunicações a laser podem beneficiar missões em órbita baixa da Terra."

NASA testará comunicações a laser com a Estação Espacial Internacional
Demonstrações de comunicações a laser da NASA, em múltiplas missões e em uma variedade de regimes espaciais.
[Imagem: NASA/Dave Ryan]

Comunicação a laser no espaço

Além de taxas de dados mais altas, os sistemas laser são mais leves e usam menos energia, um benefício importante no projeto de naves espaciais. O ILLUMA-T tem aproximadamente o tamanho de um refrigerador e será preso a um módulo externo na Estação Espacial Internacional para realizar sua demonstração com o LCRD.

A ILLUMA-T não é a primeira missão a testar comunicações a laser no espaço, mas aproxima a tecnologia do uso operacional.

Além do LCRD, atualmente na ISS, os antecessores do ILLUMA-T incluem o sistema TBIRD (TeraByte InfraRed Delivery), que está desde 2022 testando comunicações a laser em um pequeno cubesat na órbita baixa da Terra; o LLCD (Demonstração de Comunicações a Laser Lunar), que transferiu dados de e para a órbita lunar para a Terra e de volta durante a missão LADEE (Lunar Atmosphere and Dust Environment Explorer) em 2014; e o OPLS (Optical Payload for Lasercomm Science), que demonstrou em 2017 como as comunicações a laser podem acelerar o fluxo de informações entre a Terra e o espaço em comparação com os sinais de rádio.


créditos: https://www.inovacaotecnologica.com.br/

18 de ago. de 2023

Como a música do Pink Floyd fica gravada no seu cérebro

 



As palavras saíram meio emboladas, mas a música saiu quase perfeita.
[Imagem: Ludovic Bellier/Robert Knight/UC Berkeley]



Depois da cirurgia, usando um software de inteligência artificial, eles conseguiram reconstruir a música a partir das gravações das ondas cerebrais.

Esta é a primeira vez que uma música foi reconstruída a partir de gravações de eletroencefalografia intracraniana.

Não é exatamente "ler os pensamentos", mas a técnica permitiu capturar todos os atributos da música, incluindo tom, ritmo, harmonia e as palavras, analisando apenas a atividade elétrica das regiões do cérebro.

A frase "Contudo, éramos apenas um tijolo na parede" aparece de forma reconhecível na música reconstruída, com seus ritmos intactos. As palavras são meio confusas, mas decifráveis.

O experimento envolveu pacientes passando por cirurgias no cérebro - a técnica só funciona com o crânio aberto.
[Imagem: Ludovic Bellier et al. - 10.1371/journal.pbio.3002176]

Invasão da mente?

Como essas gravações de eletroencefalografia intracraniana (iEEG) só podem ser feitas a partir da superfície do cérebro - o mais próximo possível dos centros auditivos - ninguém escutará as músicas em sua cabeça tão cedo. Este experimento foi feito com pacientes de epilepsia passando por uma cirurgia para implante de eletrodos no cérebro.

Mas, para as pessoas que têm problemas de comunicação, seja por causa de derrame ou paralisia, essas gravações com eletrodos na superfície do cérebro podem ajudar a reproduzir a musicalidade da fala que falta nas reconstruções robóticas de hoje.

"É um resultado maravilhoso. Uma das coisas para mim sobre a música é que ela tem prosódia e conteúdo emocional. À medida que todo esse campo de interfaces cérebro-máquina progride, isso oferece uma maneira de adicionar musicalidade a futuros implantes cerebrais para pessoas que precisam, alguém que tem ELA [Esclerose Lateral Amiotrófica] ou algum outro distúrbio neurológico ou de desenvolvimento incapacitante que comprometa a produção da fala. Isso dá a você a capacidade de decodificar não apenas o conteúdo linguístico, mas parte do conteúdo prosódico da fala, parte do afeto. Eu acho que realmente começamos a decifrar esse código," disse o Dr. Robert Knight, da Universidade de Berkeley (EUA).

Checagem com artigo científico:

Artigo: Music can be reconstructed from human auditory cortex activity using nonlinear decoding models
Autores: Ludovic Bellier, Anais Llorens, Déborah Marciano, Aysegul Gunduz, Gerwin Schalk, Peter Brunner, Robert T. Knight
Publicação: PLoS Biology
DOI: 10.1371/journal.pbio.3002176

12 de ago. de 2023

LEDs totalmente funcionais

 

Caneta comum com tinta especial desenha LEDs totalmente funcionais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/08/2023


Desenhe seu próprio LED

Uma simples caneta esferográfica consegue "escrever LEDs" personalizados diretamente no papel: Você desenha e, em vez de ter algo escrito, você tem um LED totalmente funcional, pronto para ser aceso.

Além dos usos domésticos e recreativos, a tecnologia permite a qualquer um criar componentes optoeletrônicos flexíveis e elásticos, bastando para isso usar a caneta em materiais comuns, incluindo papel, tecidos, borracha e plásticos.

A nova tecnologia de fabricação portátil se baseia no trabalho anterior da equipe, quando eles desenvolveram uma nova maneira de fabricar LEDs elásticos com uma impressora a jato de tinta.

Agora eles adaptaram a tinta usada na impressora 3D para que ela pudesse ser aplicada usando uma caneta esferográfica de esfera.

"Escrever manualmente componentes personalizados por caligrafia era claramente o próximo passo depois da impressora. Já tínhamos as tintas, então foi uma transição natural pegar a tecnologia que já havíamos desenvolvido e modificá-la para funcionar em canetas esferográficas comuns, tornando-a barata e acessível para todos," disse o professor Chuan Wang, da Universidade de Washington, nos EUA.


Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=caneta-comum-desenha-led&id=020115230810&ebol=sim


Bibliografia:

Artigo: Handwriting of perovskite optoelectronic devices on diverse substrates
Autores: Junyi Zhao, Li-Wei Lo, Zhibin Yu, Chuan Wang
Revista: Nature Photonics
DOI: 10.1038/s41566-023-01266-1






9 de ago. de 2023

Coração impresso em 3D

 


Impressão 3D cria ventrículo cardíaco que pulsa e bombeia de verdade


Detalhes do ventrículo funcional criado pela equipe e esquema da fabricação da biotinta.
[Imagem: Suji Choi et al. - 10.1038/s41563-023-01611-3]


Coração impresso em 3D

Um dos campos de pesquisa que mais se beneficiaram da impressão 3D foi a biotecnologia, com a chamada bioimpressão - em que as tintas contêm células vivas - ajudando a descobrir até mesmo novas terapêuticas para doenças cardíacas.

Mas ainda são necessárias melhorias técnicas para nos aproximarmos dos objetivos mais amplos, como fabricar tecidos implantáveis que possam curar ou substituir estruturas defeituosas ou doentes no corpo humano.

Agora, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, deram um passo nesse sentido desenvolvendo uma nova tinta de hidrogel infundida com fibras de gelatina que permitiu a impressão 3D de um ventrículo cardíaco funcional, que imita o batimento de um coração humano.

A tinta de gel com infusão de fibra (GIF) flui facilmente pelo bico de impressão, mas mantém o formato 3D da estrutura que é impressa - é comum que as estruturas impressas com biotintas desabem após a impressão. "Por causa dessas propriedades, descobri que é possível imprimir uma estrutura semelhante a um ventrículo e outras formas 3D complexas sem usar materiais de suporte extras ou andaimes," disse a pesquisadora Suji Choi.


Fonte: Ventrículo cardíaco impresso em 3D pulsa e bombeia de verdade

Tela lavável >>>>> inovacaotecnologica.com.br





fonte :acesse o site 

Tela resistente à água? Melhor do que isso, esta é uma tela lavável


Esta tela de OLEDs é flexível, transparente e pode até ser lavada
Talvez você nunca tenha precisado lavar uma tela, mas a robustez que isso dá é significativa para a durabilidade dos aparelhos.
[Imagem: ACS Nano]


Tela lavável

As telas resistentes à água estão disponíveis no mercado, mas as telas flexíveis não superaram ainda os problemas de durabilidade, quebrando-se com muita facilidade.

Que tal então uma tela que não seja apenas resistente à água, mas que você possa até lavar, e além disso seja flexível e durável?


 Bibliografia:


Artigo: Highly Air-Stable, Flexible, and Water-Resistive 2D Titanium Carbide MXene-Based RGB Organic Light-Emitting Diode Displays for Transparent Free-Form Electronics
Autores: So Yeong Jeong, Yongmin Jeon, Eunji Kim, Gibok Lee, Yeon-Wha Oh, Chi Won Ahn, Eun Hae Cho, Yonghee Lee, Kyung Cheol Choi
Revista: ACS Nano
Vol.: 17, 10353-10364
DOI: 10.1021/acsnano.3c00781

29 de nov. de 2022

Por que os raios não caem em linha reta, mas em zigue-zague?

Por que os raios não caem em linha reta, mas em zigue-zague?: É a primeira explicação que consegue responder a dois dos maiores mistérios dos raios.



[Imagem: FelixMittermeier/Pixabay] 





Oxigênio singleto delta

Os relâmpagos, raios e trovões atemorizam e encantam o ser humano desde a pré-história, mas até hoje os cientistas não há boas explicações do porquê o raio ziguezagueia e como ele está conectado à nuvem de tempestade acima.

Agora, John Lowke e Endre Szili, da Universidade do Sul da Austrália, acreditam ter uma explicação definitiva para os dois mistérios.

"Existem alguns poucos livros-texto sobre raios, mas nenhum explicou como os ziguezagues (chamados degraus) se formam, por que a coluna eletricamente condutora que conecta os degraus com a nuvem permanece escura e como o raio pode viajar por quilômetros," contextualiza o professor Lowke.

Segundo ele e seu colega, a resposta para os dois enigmas está nas moléculas de oxigênio na atmosfera da Terra.

Mais especificamente, em moléculas de oxigênio conhecidas como singletos delta, que são o primeiro nível de energização das moléculas O2, formando uma espécie molecular energizada a apenas 0,98 eV, mas com uma duração excepcionalmente longa, de mais de 75 minutos - seu nome técnico é 1ΔgO2.

Como os raios funcionam?

Segundo a nova teoria, os raios acontecem quando os elétrons atingem as moléculas de oxigênio com energia suficiente para criar moléculas de oxigênio singleto delta, de energia mais alta.

Depois de colidir com as moléculas, esses elétrons "avulsos" formam um degrau altamente condutor - inicialmente luminoso - que redistribui o campo elétrico. Esse degrau inicial, chamado líder, provoca então sucessivos degraus.

A coluna condutora que conecta o degrau à nuvem permanece escura quando os elétrons se ligam às moléculas neutras de oxigênio, o que é acompanhado pelo desprendimento imediato dos elétrons pelas moléculas singleto delta.

"Sucessivos degraus se combinam para formar a longa coluna condutora que surge antes do curso de retorno. As densidades de elétrons no líder e na coluna são um equilíbrio entre a produção de elétrons por desprendimento metaestável [produção dos singletos delta] e a perda de elétrons por ligação a moléculas neutras de oxigênio, não necessitando de campo elétrico," explica a dupla.

Discussão produtiva

Como a formação dos singletos delta é um assunto complexo, por isso amplamente discutido pela comunidade da Física e da Química, será bom esperar que outros pesquisadores avaliem a explicação e, sobretudo, eventuais limitações do aparato experimental usado pela dupla, antes que se recomende imprimir um novo livro-texto sobre como os raios se formam.

Mas a discussão vale a pena, uma vez que os raios têm um impacto gigantesco, desde a dinâmica atmosférica e os ciclos da natureza, até as atividades humanas - um melhor conhecimento dos raios nos permitirá construir para-raios melhores, por exemplo.

"Precisamos entender como os raios são iniciados para que possamos descobrir como proteger melhor edifícios, aviões, arranha-céus, igrejas valiosas e as pessoas," disse o professor Lowke.

Bibliografia:

Artigo: Toward a theory of "stepped-leaders" of lightning
Autores: John J. Lowke, Endre Szili
Revista: Journal of Physics D: Applied Physics
DOI: 10.1088/1361-6463/aca103

23 de nov. de 2022

Sistema de posicionamento alternativo ao GPS tem precisão de 10cm

Sistema de posicionamento alternativo ao GPS tem precisão de 10cm: Em lugar de satélites, o sistema usa a rede de telefonia móvel e um relógio atômico ultrapreciso.

Laboratório de teste do SuperGPS, incluindo a antena no teto do carro, em primeiro plano.
[Imagem: VSL]




Alternativa ao GPS

Pesquisadores dos Países Baixos desenvolveram um sistema de posicionamento alternativo que se mostrou mais robusto e mais preciso que o GPS quando usado em ambientes urbanos.

O protótipo dessa nova infraestrutura de rede móvel atingiu uma precisão de 10 centímetros.

Essa nova tecnologia é importante para a implementação de uma variedade de aplicativos baseados em localização, incluindo veículos automatizados, comunicação quântica e sistemas de comunicação móvel de próxima geração.

O grande problema com o GPS em ambientes urbanos está no caminho dos sinais de rádio que vêm dos satélites, que podem ser bloqueados ou refletidos por prédios e infraestruturas, como pontes e túneis.

"Isso pode tornar o GPS não confiável em ambientes urbanos, por exemplo, o que é um problema se quisermos usar veículos automatizados. Além disso, os cidadãos e nossas autoridades dependem do GPS para muitos aplicativos e dispositivos de navegação baseados em localização. Além disso, até agora não tínhamos um sistema de backup," disse Christiaan Tiberius, da Universidade de Tecnologia de Delft.


Ilustração da rede híbrida óptica-sem fio para posicionamento em ambientes urbanos, com precisão de 10cm.
[Imagem: TU Delft/Stephan Timmers]


Embora os sistemas de posicionamento global via satélite sejam conhecidos como GPS, o nome do sistema pioneiro norte-americano, hoje existem vários similares do mesmo tipo em diversos países, como o Galileo da União Europeia, o GLONASS da Rússia e o Beidou da China.

5 de nov. de 2022

Comprovado: Nosso cérebro usa computação quântica



Um experimento inédito parece ter obtido a prova cabal de que somos computadores quânticos biológicos.
[Imagem: Peter Allen/UCSB]

Cérebro faz computação quântica

Cientistas irlandeses acreditam ter feito a demonstração cabal de que o cérebro humano usa fenômenos quânticos para funcionar.

Há muito se desconfia de que, além das computações do tipo clássica, em que os neurônios interagem por meio de sinapses, usando correntes bioelétricas e iônicas, o cérebro também usa fenômenos quânticos em nível de partículas e quasipartículas.

Já existe até um Projeto Cérebro Quântico tentando provar que somos computadores quânticos biológicos, bem como tentativas de reproduzir isso usando átomos para fazer uma computação sem software.

Contudo, como mal começamos a construir as unidades básicas dos computadores quânticos, os qubits, é muito difícil demonstrar que efetivamente está ocorrendo algum tipo de computação quântica em um cérebro vivo.

Por isso, Christian Kerskens e David Pérez, do Trinity College de Dublin, foram buscar ajuda de propostas recentíssimas de testar a gravidade quântica, o caminho mais promissor para unificar a Teoria da Relatividade com a Mecânica Quântica.

"Nós adaptamos uma ideia, desenvolvida para experimentos para provar a existência da gravidade quântica, em que você pega sistemas quânticos conhecidos, que interagem com um sistema desconhecido. Se os sistemas conhecidos se entrelaçarem, então o desconhecido também deve ser um sistema quântico. Isso contorna as dificuldades para encontrar dispositivos de medição para algo sobre o qual nada sabemos," disse Kerskens.