Desde os primeiros testes clínicos, descobriu-se que um tratamento de ponta contra o câncer estava causando mais câncer nos pacientes.
Trata-se de uma imunoterapia, conhecida como CAR-T, é descrita pelos seus defensores como um tratamento promissor para cânceres do sangue. A terapia é feita a partir das células do próprio paciente, por meio das quais as células T do sistema imunológico são coletadas e reprojetadas em laboratório para produzir proteínas em sua superfície, chamadas receptores de antígenos quiméricos, ou CARs.
Os CARs podem reconhecer e depois ligar-se a proteínas específicas na superfície das células cancerígenas. A terapia está sendo usada para tratar cânceres do sangue, como o mieloma múltiplo, mas logo começaram a surgir suspeitas de que a terapia causa outros cânceres.
Houve muitas críticas na própria comunidade científica quando a controversa imunoterapia recebeu o Nobel de Medicina em 2018.
[Imagem: Academia Nobel/Divulgação]
Checagem com artigo científico:
Artigo: Indolent CD4+ CAR T-Cell Lymphoma after Ciltacel CAR T-Cell Therapy
Autores: Mark P. Hamilton, Takeshi Sugio, Troy Noordenbos, Shuyu Shi, Philip L. Bulterys, Chih Long Liu, Xiaoman Kang, David B. Miklos
Publicação: New England Journal of Medicine
Vol.: 390 NO. 22
DOI: 10.1056/NEJMoa2401361
créditos :Redação do Diário da Saúde