18 de nov. de 2009

Surf













Os primeiros relatos do surfe dizem que este foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahíto. Porém, o primeiro fato concreto que revelou a existência do esporte foi feito pelo navegador James Cook, que descobriu o arquipélago do Havaí e viu os primeiros surfistas em ação. Utilizavam-se inicialmente pranchas de madeira confeccionadas para deslizar nas ondas do mar, as pranchas eram fabricadas pelos próprios usuários que acreditava-se que ao fábricar sua própria prancha se transmitia todas as energias positivas na mesma e ao praticar o "esporte" se libertava das energias negativas, porem os primeiros praticantes desse esporte acreditavam que sua pratica seria na verdade um culto ao espírito do mar em sua cultura original.

Na época, o navegador gostou do esporte por se tratar de uma forma de relaxamento, mas as igrejas protestantes desestimularam por mais de cem anos a prática de surfe.

O reconhecimento mundial veio com o campeão olímpico de natação e pai do surfe moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku. Ao vencer os jogos de 1912, em Estocolmo, o atleta disse ser um surfista e passou a ser o maior divulgador do esporte no mundo. Com isso o arquipélago e os esportes passaram a ser reconhecidos internacionalmente.

Na década de 1950 o esporte popularizou-se na costa oeste dos E.U.A., tornando-se uma mania entre os jovens, principalmente nas praias do estado da Califórnia. Durante as décadas de 70 e 80 o esporte espalhou-se por todo o mundo, dando início ao profissionalismo e campeonatos tendo dinheiro como prêmio.

A Austrália é o país com o maior número de campeões mundiais. A organização do campeonato mundial é responsabilidade da ASP Associação de Surfistas Profissionais.

O atual campeão mundial é Kelly Slater, tendo este como o seu nono título.

No Brasil

No Brasil, as primeiras pranchas, então chamadas de "tábuas havaianas", chegaram pelas mãos de turistas e funcionários de companhias aéreas. O santista Osmar Gonçalves era filho de um exportador de café bem-sucedido, que lhe trouxe dos E.U.A. uma revista chamada Popular Mechanic. Um dos artigos ensinava como fazer uma prancha. Foi o que Osmar fez com a ajuda dos amigos João Roberto Suplicy Haffers e Júlio Putz entre Dezembro de 1938 e Janeiro de 1939. A prancha tinha 3,60 metros e pesava oitenta kgs.

Em 1952, um grupo de cariocas, liderado por Paulo Preguiça, Jorge Paulo Lehman e Irencyr Beltrão, começou a descer as ondas em Copacabana, com pranchas de madeirite. O esporte começava a popularizar-se. As primeiras pranchas de fibra de vidro, importadas da Califórnia, só chegaram ao Brasil em 1964.

Em 15 de Julho de 1965, foi fundada a primeira entidade de surfe do país - a Federação Carioca. Esta organizou o primeiro campeonato em Outubro daquele ano. No entanto, o surfe só seria reconhecido como esporte pelo Conselho Nacional de Desportos em 1988. Atualmente, a entidade responsável pela organização no esporte no país é a Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais (ABRASP), sendo que o campeonato nacional denominado circuito SuperSurfe.

Muitos recursos são utilizados para saber a previsão das ondas: rádio, televisão e internet .Essa facilita bastante a vida do surfista, porque é possível com apenas um site vigiar ao vivo as ondas de vários estados brasileiros através das câmeras nas praias. Na atualidade há divergências em relação à aplicação de webcams no litoral brasileiro, pois além de filmarem constantemente o mar, podem ser manipuladas por usuários e, assim, observar também as pessoas na areia.