17 de out. de 2009

Usar a cor certa protege a pele dos raios UV









Quem quer se proteger da radiação ultravioleta deve escolher roupas vermelhas e azuis para sair de casa em dias de sol.

Essa é a conclusão dos cientistas da Universidade Técnica da Catalunha, na Espanha, que, após uma série de análises, concluem: nos tecidos, as cores são uma das variáveis mais influentes na proteção contra radiação ultravioleta.

Isso significa que o fator ultravioleta de proteção (UPF) é bastante afetado pela cor na qual uma peça de roupa está tingida. O UPF mede o quão eficiente é um tecido na proteção da pele humana contra os efeitos da radiação solar. Em uma roupa, esse valor depende de diversos fatores: tipo de fibra, características estruturais do tecido, cor e intensidade do tingimento, presença de agentes brilhantes ou agentes que absorvam UV, etc.

Nós percebemos uma cor baseado na absorção de um comprimento de onda específico da luz pelas moléculas na superfície do material. São os comprimentos de onda não absorvidos, e refletidos, que atingem os nossos olhos e são processados pelo cérebro. As cores visíveis estão no espectro entre 400 e 700 nanômetros de comprimento.

A absorção de energia pela roupa, no entanto, vai além e inclui a zona UV. Por esse motivo, a escolha da tintura é uma maneira válida de aumentar a proteção contra a radiação.

Nos resultados, considerando o intervalo de 290 a 400 nm, a maior absorção de UV está na zona dos raios UVB (290−315 nm), para um dos tons da cor azul e vermelho. Já o amarelo apresenta menor absorção de UVB e maior absorção de raios UVA (comprimento de onda maior, perto dos 400 nm).

Como os raios UVB são mais perigosos que os UVA, o fator ultravioleta de proteção da cor amarela é bem menor do que o das cores vermelha e azul. O estudo com as cores primárias levou em conta tecidos de algodão, mais adequados para os meses mais quentes.

Pesquisas desse tipo servem de base para desenvolvimento de produtos mais baratos e menos agressivos, pois utilizam um princípio simples para obter o melhor resultado possível.

Mas é importante deixar claro que o estudo, publicado na Industrial & Engeneering Chemistry Research, não dispensa o uso de filtro solar.


Paula Rothman, de INFO Online