1 de jul. de 2009
Influenza Informações para profissionais
Sinonímia
Gripe ou resfriado.
Agente Etiológico
O vírus da Influenza é da família dos Ortomixovírus e é composto de uma estrutura de RNA de hélice única. Subdivide-se em três tipos: " A" , "B" e "C", segundo sua diversidade antigênica. São altamente contagiosos e mutáveis, sendo o do tipo "A", o mais suscetível à mutabilidade. Os vírus do tipo A e B causam maior morbidade e mortalidade que o tipo "C", e são os de maior destaque para a saúde pública.
Reservatório
Os três tipos de vírus acometem humanos. O tipo "C" também infecta suínos e o do tipo "A", além de humanos e suínos, aparece em cavalos, mamíferos marinhos e em aves.
Modo de Transmissão
A transmissão ocorre pelas vias respiratórias, quando indivíduos infectados emitem pequenas gotas de aerossol ao espirrar, falar ou tossir. Pode também ocorrer transmissão direta a partir de aves e suínos.
Período de Incubação
1 a 4 dias.
Período de Transmissibilidade
Até dois dias antes e até cinco dias após o aparecimento dos sintomas.
Diagnóstico Diferencial
O diagnóstico diferencial da influenza inclui uma grande variedade de infecções respiratórias agudas de causas virais. Algumas se destacam, como a provocada pelo Vírus Sincicial Respiratório e pelo Adenovírus. O quadro sintomático na influenza é mais intenso que em outras infecções, porém, em muitos casos, o diagnóstico diferencial apenas clínico torna-se difícil.
Diagnóstico Laboratorial
A coleta, transporte, processamento e armazenamento são fundamentais no diagnóstico da infecção viral. Duas técnicas são utilizadas para o diagnóstico da influenza: a reação de imunofluorescência indireta e cultura para isolamento viral. No caso do vírus do tipo "A", é essencial que seja feito uma tipagem completa para que ele seja introduzido na composição anual da vacina do hemisfério sul.
A imunofluorescência indireta é realizada em laboratórios estaduais que utilizam um painel que indica a presença da influenza e de outros dois vírus respiratórios (vírus sincicial respiratório e adenovírus). A cultura é realizada somente para os casos de infecção do vírus Influenza, em um dos três laboratórios de referência nacional (Instituto Evandro Chagas/ FUNASA, Fiocruz/MS e Instituto Adolfo Lutz/SP), que também fazem a caracterização antigênica inicial, completada nos laboratórios de referência internacional da Organização Mundial de Saúde. As amostras clínicas devem ser coletadas até três dias do início dos sintomas para um melhor êxito no diagnóstico.
Tratamento
No estágio agudo da doença, repouso e uma boa hidratação são as principais recomendações. Os medicamentos antitérmicos podem ser utilizados, com especial atenção ao Ácido Acetil Salicílico, que não é aconselhável para crianças. Medidas de suporte intensivo serão necessárias em caso de complicações severas nos pulmões, a fim de evitar possíveis casos de pneumonia.
Vigilância Epidemiológica
Uma rede de unidades sentinelas, localizadas nas cinco macro-regiões brasileiras, é responsável pela vigilância de casos de infecção pelo vírus Influenza. Semanalmente, são coletadas amostras clínicas para efetuar exames laboratoriais e informados os atendimentos de Síndrome Gripal.
Os casos são separados em três categorias. Casos suspeitos são de pessoas em estágio agudo da doença, com duração máxima de cinco dias com febre e pelo menos um sintoma respiratório, com ou sem outros sintomas. Confirmados são os identificados por exames laboratoriais. E descartados são os que têm resultado de exame negativo, em amostra colhida e transportada de forma correta ou se identificado laboratorialmente outro agente causador.
Notificação
A notificação da doença não é compulsória. Os dados das unidades sentinelas são informados por meio do Sistema de Informação da Vigilância da Influenza (SIVEP - Gripe) pela web. No entanto, as suspeitas de surtos deverão ser informadas à Secretaria Estadual de Saúde e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.