18 de nov. de 2011

Louis Daguerre

Louis Jacques Mandé Daguerre (Cormeilles-en-Parisi, Val-d'Oise, 18 de novembro de 1787 — Bry-sur-Marne, 10 de julho de 1851) foi um pintor, cenógrafo, físico e inventor francês, tendo sido o autor da primeira patente para um processo fotográfico (1835 - o daguerreótipo).
Na sequência da sua parceria com Joseph Nicéphore Niépce (selada em contracto assinado a 14 de Dezembro de 1829), Daguerre herdou a invenção e os conhecimentos adquiridos por Niépce o que lhe permitiu "adicionar uma nova variação da camera obscura. Cada um trabalhou de forma independente mas por diferentes vias. Niépce procurava teimosamente resolver o seu processo com betume da judeia ao passo que Daguerre procurava modificar o processo e os materiais usados a fim de reduzir o tempo de exposição que ainda se mantinha em cerca de uma hora. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava sensível à luz do dia e padecia de curta durabilidade; Daguerre solucionou este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim uma imagem inalterável. O Artista Lemaître escreveu a Niépce sobre Daguerre: "Acredito que ele possui uma inteligência rara em tudo o que envolva máquinas e o efeito da luz".
A parceria de Daguerre com Niépce levou ao uso de placas revestidas a prata (cujo primeiro uso tem de ser creditado a Niépce) quando, na sequência de numerosas experiências, um novo quimico foi introduzido e que se provou decisivo para o método de Daguerre - iodo.
A fotografia não foi inventada apenas por uma pessoas. Ao invés disso, foi o resultado de favoráveis condições económicas, políticas e sociais bem como critérios científicos, observações afortunadas e intuição de algumas mentes inteligentes. Durante um período de dois anos (1839 - 1840) a fotografia deu passos decisivos através do trabalho de estudiosos como Fox Talbot (inventor do Calótipo) ou Hércules Florence (cidadão francês exilado no Brasil) cujos estudos e descobertas tiveram lugar na mesma altura que os estudos de Daguerre e Niépce.
Daguerre tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais por querer manter secreta a parte fundamental do seu processo. Após um incêndio no seu diorama a 8 de Março de 1839, ficou acordado uma pensão anual de 4.000 Francos para Daguerre e Isidore Niépce (herdeiro de Joseph Nicéphore Niépce) acrescidos de mais 2.000 Francos para Daguerre pelos "segredos do diorama".
Daguerre ficou implicitamente reconhecido como o pai do daguerreótipo apesar de conflitos posteriores com Isidore Niépce que representava os interesses do pai. Tendo sido a 19 de Agosto de 1839 que, no Instituto de França, foi anunciado ao mundo um novo processo, o dageurreotipo tendo sido posteriormente vendido ao governo francês.