Paula Rothman, de INFO Online
A invenção foi um aperfeiçoamento de uma luneta patenteada em outubro de 1608 pelo holandês Hanz Lipperhey. Decidido a aprimorar o objeto, Galileu conseguiu, em menos de um ano, criar um telescópio de trinta aumentos que permitiu que fizesse inúmeras descobertas a respeito do espaço– e o colocou em muitos problemas com a Igreja.
Nascido em Pisa, no dia 18 de Fevereiro de 1564, Galileu Galilei ingressou aos 17 anos na faculdade de medicina, que abandonou para estudar e ensinar matemática. Tornou-se professor na Universidade de Pisa em 1589, e foi lá que se aprofundou em astronomia e nas teorias vigentes na época.
Ao observar o espaço com seu telescópio, Galileu percebeu que a crença de que a Terra era o centro do universo, um planeta singular ao redor do qual o Sol girava, estava completamente errada. Além de comprovar a tese de Nicolau Copérnico, que colocava a Terra girando ao redor do Sol, Galileu percebeu que ela era apenas mais um corpo celeste, entre tantos que existiam no espaço. O italiano também registrou uma série de fenômenos e características dos astros até então desconhecidas, como as Luas de Júpiter e os anéis de Saturno (na época, apesar de localizá-los, não pôde distinguir o que eram os objetos encontrados).
Em 1613, as descobertas de Galileu começaram a colocá-lo em situação delicada com a Igreja. Em seu livro Cartas sobre Manchas Solares, ele se pronuncia a favor da teoria de Copérnico. Alguns anos depois, julgado pelo Tribunal do Santo Ofício, foi proibido de divulgar ou ensinar suas idéias.
Desobedecendo às ordens, Galileu lança o livro Diálogo. Como resultado, em 1633, foi obrigado a se retratar formalmente por seus “erros” e, condenado por heresia, passou o resto da vida cumprindo prisão domiciliar em sua casa, em Sienna. Em 1638 Galileu ficou totalmente cego e faleceu dia 9 de janeiro de 1642.