22 de ago. de 2009

Fotografias que fizeram história


Biafra 1969. Quando os Igbos do leste da Nigéria declararam independência em 1967, a Nigéria bloqueou o incipiente Biafra. Em três anos de guerra, mais de um milhão de pessoas morreram, principalmente de fome. A fome das crianças provocou doenças estranhas como a de "kwashiorkor" (que significa "aquele que foi colocado de lado"), que trazia como principais sintomas o abdômen distendido (barriga d'água), despigmentação da pele e descoloração dos cabelos tornando os avermelhados. O fotógrafo de guerra Dom McCullin assinala a atenção da tragédia. - "Eu fiquei totalmente abismado com a visão de 900 crianças vivendo num acampamento na absoluta miséria próximos a morte... Perdi todo interesse em fotografar os soldados em ação." A comunidade internacional interveio para ajudar a Biafra e Dom McCullin desistiu de ser correspondente e fotógrafo de guerra.

Fotografias que fizeram história


Necessidade. Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as calças do pai antes dele ser enterrado.

Fotografias que fizeram história


Primeiro Photoshop da história. Triunfo dos Aliados. Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a ser publicada pois as autoridades Russas quiseram modificá-la. A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque. Sendo assim foi modificada para que não ficase feio para os soviéticos.

Fotografias que fizeram história


Guerra do Vietnã 1966. Ao contrário dos constrangimentos impostos a imprensa em conflitos subseqüentes como na recente guerra do Iraque, correspondentes e fotógrafos no Vietnã podiam acompanhar tropas para onde quer que eles fossem e não havia nenhuma censura. O documentário "Reaching Out" é um exemplo por excelência das poderosas imagens que saíram de Vietnã. As fotografias coloridas publicadas a partir de 1962 por Larry Burrows mostram camponeses vietnamitas atormentados, soldados americanos feridos e fortificaram o clamor contra a presença norte-americana no Vietnã.

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Anne Frank 1941. Seis milhões de Judeus morreram no Holocausto. Para muitos em todo mundo, uma adolescente foi a face desta história. Foi Anne Frank, a adolescente que, de acordo com seu diário (um dos livros mais lidos do mundo), manteve sua esperança na humanidade e conta como ela se escondeu com sua família numa cobertura de Amsterdã. Em 1944 ela é presa; Anne e sua irmã morrem de tifo em Bergen-Belsen só há um mês antes que o campo fosse liberado. O mundo conheceu os horrores do holocausto através de suas palavras e através deste famoso retrato de uma menina de 14 anos. Seu olhar com enigmática expressão é o olhar num futuro que o espectador nunca sabe como responder.

Fotografias que fizeram história


Vasili Záitsev em Stalingrado 1942. Herói militar soviético, Vasili é uma lenda na Rússia; o maior francotirador da história com mais de 225 baixas de soldados alemães. Esta foto é de domínio público na Rússia e foi publicada antes de 1 de janeiro de 1954. O autor da foto é desconhecido e diz-se que morreu antes da publicação da mesma.

Fotografias que fizeram história


Espreitando a morte. Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de fotojornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro. A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota. Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.

Fotografias que fizeram história


O homem do tanque de Tiananmen. Também conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha que foi atribuido a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa. A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar. Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão.

Fotografias que fizeram história


A menina do Vietnã Em 8 de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali encontrava-se Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças. Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com 2 filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.